quinta-feira, 17 de março de 2011

Holanda terá polícia para combater casos de crueldade animal.


A Holanda ganhará nos próximos meses a primeira força policial do mundo para combater casos de crueldade contra animais. O projeto foi aprovado pelo governo holandês em outubro do ano passado, mas não foram divulgados detalhes sobre como a força irá funcionar. Uma data para início da aplicação ainda não foi estabelecida.
A criação da força policial foi proposta pelo Partido para os Animais, que conseguiu entrar em 2006 para o Parlamento holandês, onde tem dois representantes. Em princípio, a polícia animal será formada por 500 agentes policiais que perderam seus empregos devido a cortes no orçamento do governo.

A parlamentar e líder do Partido para os Animais, Marianne Thieme, disse à BBC Brasil que este número é suficiente apenas para cuidar dos casos de maus tratos contra animais domésticos, e não para aplicar a lei em grandes fazendas industriais.

De acordo com a parlamentar, a indústria alimentícia é o grande problema em relação à crueldade contra animais na Holanda, principalmente em termos de transporte de cargas vivas e de acondicionamento.

"Temos 450 milhões de animais abatidos todo ano, que estão tanto em pequenas jaulas quanto em grandes depósitos, onde se amontoam, por exemplo, 100 mil galinhas juntas, sofrendo crueldades terríveis", disse Thieme.Ela também afirma que os animais selvagens são outras vítimas de maus tratos na Holanda, devido à caça. Thieme diz que, afora os animais que são mortos, muitos outros ficam feridos em acidentes e acabam morrendo depois de muito sofrimento.

Thieme diz que mesmo os animais domésticos são alvo de maus tratos sistemáticos no país. Segundo ela, os filhotes de cães e gatos que são comercializados ficam por muito tempo confinados em pequenas jaulas escuras, de maneira ilegal e insalubre.

A parlamentar acredita que, além de criar uma nova força policial, é necessário implementar leis mais específicas de proteção aos animais, bem como ter promotores mais bem informados e treinados sobre casos do tipo.

"Hoje, 90% dos casos de crueldade contra animais na Holanda são rejeitados pelos tribunais, em boa parte devido ao despreparo dos promotores", afirma a parlamentar.

Cão Pinpoo é reencontrado após desaparecer em aeroporto do RS

O cachorro Pinpoo foi localizado na noite de ontem (16) após ficar 14 dias desaparecido. Ele havia sumido no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, quando deveria ter embarcado para Vitória (ES).

"É ele mesmo. Não precisa de nenhum exame de DNA. Assim que ele me viu, correu ao meu encontro e me deu muitos beijos. Estou muito feliz", afirmou à Folha a aposentada Nair Flores, 64, dona do cachorro.

Nair disse nesta quinta-feira que agora deve processar a Gollog (serviço de cargas da Gol) pela perda de Pinpoo. "Minha prioridade até agora era localizá-lo, mas agora vou processar a empresa sim. Não quero que mais ninguém passe pelo que passei", completou.
Cachorro Pinpoo é encontrado próximo a aeroporto em Porto Alegre,
após ficar 14 dias desaparecido.
Ronaldo Bernardi/Agência RBS
Pinpoo estava desaparecido desde o último dia 2. De acordo com a Gol, o contêiner onde o cachorro viajaria para Vitória foi inspecionado pela Gollog e pela Infraero e estava em condições adequadas. Porém, durante o transporte para o avião, o animal forçou as grades e fugiu, segundo a companhia área.

O cão foi localizado por um sargento da Brigada Militar, no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. "A mulher dele me ligou e falou 'você pode parar de procurar seu cachorro porque ele está aqui'", contou Nair.

A dona de Pinpoo afirmou ainda que o cão não aparenta estar com qualquer problema de saúde. Após ser localizado ele bebeu bastante água, passou por dois banhos e já se alimenta normalmente.

Um cachorro semelhante a Pinpoo já tinha sido encontrado no início da semana. Ele tinha a mesma cor de pelo, porte e idade de Pinpoo, mas não tinha reconhecido a aposentada. Mesmo assim, o cachorro passaria por exame de DNA.

Regras também na hora de comer

Especialista em comportamento canino explica a importância do dono
não tentar “comprar” a atenção do pet com petiscos.

Especialista em comportamento canino explica que o dono
não deve ceder aos apelos dos animais por comida
Crédito: Flickr/ CC – vhhammer
Além de ser fundamental para a saúde, o hábito de se alimentar também apresenta um importante significado social. Quando convidamos alguém para almoçar ou jantar, estamos demonstrando amizade. Dessa forma, é possível notar que o ato de se alimentar está estreitamente relacionado com o nosso lado comportamental. Para os animais, isso não é muito diferente – a hora de comer também é cheia de rituais e características comportamentais e sociais.

Nas matilhas de lobos e cães, o acesso à comida está intimamente relacionado à hierarquia. O líder da matilha é sempre o primeiro animal a se alimentar, tendo acesso às melhores partes da carcaça do animal abatido e à quantidade necessária para garantir sua sobrevivência.
Esse comportamento é importante para a manutenção das melhores características genéticas no bando, já que o líder é o principal responsável pela reprodução. Porém, esse ritual também tem um grande valor social, ajudando a manter a hierarquia na matilha. Enquanto o líder se alimenta, os demais esperam pacientemente a sua vez. Portanto, o ato de comer é também um símbolo de elevado status social.

Na nossa sociedade, o comportamento que os cães demonstram durante a alimentação é, geralmente, interpretado de forma errada ou mesmo ignorado. Para os cães, o acesso ao alimento requer todo um ritual específico, além da comunicação bem desenvolvida, enquanto que para o homem tem um valor de sociabilização, principalmente.

Erroneamente, com a domesticação dos cães muitas pessoas acabam humanizando os animais em relação ao ritual de alimentação – dando origem a importantes questões comportamentais.
Muitas pessoas erram com o cão ainda filhote ao oferecer incansavelmente petiscos para ganhar afeição – dessa forma, cria-se rapidamente o hábito de ganhar petiscos. A relação entre ambos, que deveria ser baseada em liderança, confiança e respeito, se reduz à simples troca por comida. De forma semelhante, o cão que fica pulando e chorando ao pé da mesa por comida pode estar fazendo isso não por fome, mas para mostrar que possui acesso aos recursos da matilha.
Por isso, é fundamental diferenciarmos o comportamento humano e canino na hora das refeições. Humanizar o comportamento dos cães pode ser confortável para algumas pessoas, porém, a chance de criar problemas comportamentais é enorme.

O dono deve compreender claramente a importância de ser o líder de matilha e saber como se comportar corretamente como tal em todas as situações, inclusive, durante a alimentação. Não que ele deva comer a ração antes dos animais, mas que saiba que o cachorro só terá acesso à comida quando o dono quiser. O comportamento mais dominante na hora de comer ou o ato de pedir comida ao pé da mesa não são tolerados pelo líder da matilha – e não os devem ser na sua também.

Atenção: as opiniões do artigo são de inteira responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do site PetMag.
  • Autor
  • Dr. Marcel Pereira
  • É médico veterinário e mestre em medicina veterinária pela Faculdade de Mecina Veterinária e Zootecnia / USP. Atualmente trabalha como terapeuta canino, reabilitando cães com problemas comportamentais.

Donos encontram na modernidade formas de abandonar os animais.

Imagem: Ilustração/Divulgação

A é sempre parecida. Os pais pensam que um animal pode ser bom para ajudar na do filho, ou então a pessoa mora sozinha e sente falta de companhia. Vão até lojas que vendem animais e compram um bichinho. Muitas vezes, um cachorro de , cujo valor pode passar de R$ 1.000,00. Tanto e alguns esquecem que para educar é necessário tempo e .

O caminho mais fácil é nas ruas longe de casa, transferindo o problema para outros. Mas ultimamente, uma nova forma de tem se tornado comum na cidade. O chamado premeditado está transformando os pet shops e hotéizinhos, de da indústria animal, em verdadeiros orfanatos de cães e gatos.

Em Campo Mourão, já foram registrados vários casos de pessoas que queriam livrar-se de um animal e marcavam banho e tosa, ou um certo período nos ‘hoteis’ e quando eram procurados para buscar o animal, não eram localizados. “Tivemos vários casos. Um que me lembro bem é de uma mulher que deixou um cachorro para banho aqui e nunca retornou buscar. Tentamos de todas as formas falar com ela mas os três telefones, de casa, celular e escritório, eram falsos. Só por aí você já vê que era coisa premeditada”, conta Cristiane Aparecida de Paula, sócia de um pet shop na cidade.

Além desta, ela relatou outros casos, como de um que deveria ficar 10 dias sob seus cuidados e acabou ficando 40. “Depois de uns dois dias do prazo, ligamos também para a pessoa que deixou e nada de localizar, ficou mais 10, depois mais 10, acabou ficando mais do que um mês, pois sabíamos que não viria ninguém buscar, a solução foi colocar para adoção”, diz.

Apesar das histórias tristes, todos os animais deixados no pet conseguiram encontrar um novo lar. “Acho que o que mais marcou foi um dia que chegamos para abrir e tinha um cachorro amarrado no portão da doente. Cuidamos dele e encaminhamos para adoção também. As histórias não param, teve uma vez que encontramos um cachorro deitado ao lado de uma bacia de polenta, também abandonado”, lamenta Cristiane. Destas histórias, apenas um animal era , ou Sem Raça Definida (SRD) como dizem. Para evitar que essas histórias se repitam a Associação de Proteção aos Animais (Apasfa) tem um projeto de que as casas veterinárias só tenham permissão de vender animais castrados (box).

Entidade prega fiscalização e parceria no trabalho
“A função das Associações ou Ong’s é fiscalizar, podendo formar parcerias com órgãos responsáveis, mas não fazer o trabalho destes como vem acontecendo com a Apasfa. Para isso, os impostos já são pagos, o que é preciso é que a população busque esclarecimentos e aprenda a participar da gestão municipal”, diz Maria Helena Darolt, uma das coordenadoras voluntárias da Associação de Proteção São Francisco de Assis (Apasfa). Fazendo um balanço dos anos em que esteve a frente da entidade, ela revela que muito foi conquistado em termos de conscientização e políticas públicas, mas que as pessoas ainda não sabem diferenciar o trabalho dos orgãos públicos do trabalho de Ong’s.


A primeira coisa que a maioria das pessoas faz, quando vê um animal nas ruas, é pensar porque a associação ou a prefeitura não estão fazendo o seu trabalho que é, dizem, recolhê-los e deixar as ruas livres. O que muitos se esquecem é que cuidar do animal é dever de seus donos. “Se cada proprietário cuidasse de seu animal, não teríamos o Depósito Municipal de Animais (canil) e, consequentemente, este animais teriam melhor qualidade de vida, as vias publicas ficariam mais seguras quanto á questão de animais e o numero de animais estaria equilibrado. Uma Associação e ou Prefeitura, não pode e não deve recolher animais indiscriminadamente, seria necessário muito espaço, muito dinheiro, e vários outros funcionários”, diz Helena.

Segundo a voluntária, desde que assumiu, vários projetos já foram protocolados na Câmara de Vereadores em prol dos animais. “Acreditamos que este é o jeito certo de administrar o voluntariado não somente em prol dos animais, mas da saúde pública e meio ambiente. Analisamos o que está previsto em lei e tentamos implementar a medida que achamos ética. Por mais que o que conseguimos seja pouco, essa é a primeira gestão que apoia uma associação de proteção, mesmo porque hoje temos leis ambientais que protegem os animais”, diz.

Uma das conquistas que ela destacou é a verba que foi liberada, com apoio dos vereadores, para castração de animais de famílias de baixa renda. “Vamos envolver os presidentes de bairro nesse programa de controle. Eles foram escolhidos para melhorar as condições dos bairros e conhecem melhor o local. Junto com eles, vamos fazer um levantamento e acompanhar se a castração foi feita. Assim, evitamos que haja o aumento no número de animais nas ruas”, completa. Outro projeto da associação é que em breve, as casas veterinárias só tenham permissão de vender animais castrados para evitar que criem e os donos sem poder ficar com mais animais, usem os como ‘presentes’ para amigos que futuramente irão abandoná-los. Segundo ela, países que atuam a mais tempo na questão já proibiram o comercio de animal não castrado.

Animais de raça
Segundo as estatisticas da Apasfa, foi-se o tempo em que animais de rua eram sinônimo de vira-latas. “O número de animais de raça que recolhemos é altissimo. As pessoas acham ‘bonitinho’ dar de presente, não pensam no problema social. . Existem pessoas que vem de municípios vizinhos para entregar seu animal no Canil Municipal por isso, pedimos apoio para que aprovem o pedido para que seja estipulado uma taxa para o “cidadão” que se acha no direito de comprar ou deixar sua cadela criar e depois abandonar o animal, gerando custos aos cofres públicos.” Helena explicou que cada cidade deveria assumir a responsabilidade pelos seus animais. “Estamos ajudando a criar várias associações de proteção nos municípios da Comcam. Assim, eles vão poder cobrar das autoridades lá também e poderemos nos dedicar só aos animais daqui”, afirma.


Necessidades
Entre as necessidades da associação, a voluntária destaca que são gastos muito com medicamentos e ração, além de material de limpeza e cobertores, agora que as temperaturas estão baixas. “Temos um objetivo de criar um solário no Canil, para que os animais possam sair das ‘celas’ e tomar sol, até para evitar que as doenças se espalhem ainda mais. Graças às doações, conseguidos muita coisa, mas ainda falta o alambrado, que sozinho, fica em torno de R$ 4 mil”, finaliza.


Forçado a deixar o seu cão e agora?



Há um mês, a professora Yara Palhares, 57, não vê Eros, o que viveu sete anos ao seu lado. Agora ela só recebe notícias dele por telefone. Às vezes, fica preocupada pensando em como o animal se protege do frio no seu novo lar.

Aos poucos, ela tenta se acostumar com o apartamento vazio e sem latidos, na Mooca, para onde se mudou. A decisão de entregar Eros a uma nova dona foi traumática. Aconteceu depois que Yara foi obrigada a deixar sua casa para cuidar do pai.

“Nunca pensei que fosse tão difícil me separar de um cachorro”, diz. “Fiquei muito abalada e percebi que as pessoas só querem pegar filhotes.” Por recomendação de um , ela procurou alguém que tivesse uma fêmea da mesma idade para fazer companhia a Eros.

Hoje, ele divide o quintal de uma casa na Penha, zona leste, com Fênix, uma cadela de seis anos que virou sua fiel parceira. A antiga dona torce para que, longe dela, o cão se comporte.

A separação começou no ano passado, quando Caio, filho de Yara, se mudou para a Austrália. A professora foi morar na casa dos pais e levou Eros junto. Foi um ano difícil. O labrador perdeu o espaço que tinha e revirou a casa com suas estripulias.

“Ele invadia o jardim, comia as plantas e não parava de latir”, lembra. “Mesmo assim, meus pais tiveram paciência.” A situação piorou depois que Yara trocou a ampla casa com piscina por um apartamento de três quartos, onde vive atualmente.

Não tinha mais espaço para Eros. O que fazer com ele? Trinta dias atrás, o dilema não saía da cabeça de Yara, que perdera a companhia do filho depois de ter se separado do marido. Lotou a internet com fotos do cachorro e ligou para os amigos mais próximos. Chegou à conclusão de que a tarefa não seria fácil.

O veterinário Luiz Renato Flaquer explica que a separação é algo muito sentido pelo cão. Em vários casos, nem o tempo é suficiente para o bicho se readaptar. “Quando o animal é muito dependente, pode entrar em depressão ao se sentir rejeitado”, diz.

A situação tende a piorar com animais mais velhos, como é o caso de Eros, quando os laços afetivos estão mais arraigados. “Cachorro idoso é rejeitado por todos, as pessoas não são solidárias”, diz Yara.

No desespero, ela arranjou um provisório para o pet no estacionamento de um primo. Eros ficou 15 dias ali, à espera de um novo lar.

Enquanto isso, Yara foi atrás de pretendentes. Não queria largá-lo sozinho em qualquer canto. Não queria perder de vista “o labrador com complexo de poodle” que tem a mania de comer meias. “Chorei todo dia, fiz promessa para encontrar alguém para cuidar dele.” Chegou a oferecer ao novo dono ração e tratamento veterinário.

Primeiro encontro
A corretora Carolina Ribeiro Bezerra, 29, ficou sabendo do drama da professora. Conheceu Eros e topou adotá-lo. Quem gostou da ideia foi Fênix, até então o único pet da família.
Os dois animais se deram bem de cara. Cruzaram sem cerimônia. “Ele é um crianção”, diz a corretora, que já foi derrubada por Eros algumas vezes. “Ele come toda roupa que vê pela frente.” No início, ela percebeu que o grandalhão de 43 kg ficou carente: perdeu o apetite e estranhou o ambiente. Nos primeiros dias, até fez xixi dentro da casa.


Conforme orientação de veterinários, Yara resistiu e não foi visitá-lo. É preciso cortar os vínculos para não iludir o animal, aconselha Luiz Renato. O jeito é ligar duas vezes por semana para saber notícias do antigo companheiro.

O dilema de Yara é recorrente, afirma Marco Ciampi, presidente da associação de proteção ao animal . Ele defende que a atitude de ter um bicho deve ser planejada com todos os envolvidos. “É preciso ter noção dos gastos com o animal, ter em mente com quem deixá-lo em viagens e reservar um tempo de atenção.”

Hoje, a ex-dona fala em tom saudosista de Eros. Lembra das manhãs quando iam caminhar juntos e de quando o labrador machucou a pata numa porta de vidro e teve de ser levado a um veterinário em plena madrugada. “Ele é muito desastrado”, diz, associando seu jeitão estabanado ao protagonista do filme “Marley e Eu”.

O que fazer?
A
Arca Brasil (Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal) defende ao máximo que a pessoa fique com seu animal. A separação é muito dolorosa para o cão e deve ser evitada. Em casos incontornáveis, é melhor:

- Divulgar a situação entre amigos e conhecidos que possam se tornar donos.

- Criar um e-mail com fotos e informações do pet (idade, comportamento, vacinas, castração etc.)

- Oferecer a possibilidade de tutelá-lo. Dar ração e cobrir os gastos com veterinário.

- Jamais pense em levar para a CCZ, nem de perto é um abrigo…
  • Fonte: PET RED
  • Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal
    Via
    Folhaonline