quarta-feira, 2 de maio de 2012

O uso de partes de animais pela moda

Já passou da hora de a indústria da moda agir e parar de usar peles de animais em suas criações. O sintético está aí faz tempo.

Mas já que muitos profissionais dessa moda cruel insistem no atraso, quem sabe uma nova lei começa a mudar isso:

‘A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou hoje o Projeto de Lei 684/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), que veda o uso de peles de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos em eventos de moda no Brasil. A pena prevista é de reclusão de um a três anos e multa. O projeto acrescenta artigo à Lei de Crimes Ambientais (9.605/98).



Foto: Eco4planet.com

O relator da proposta, deputado Renato Molling (PP-RS), apresentou substitutivo para retirar da proposta o couro proveniente de animais reproduzidos em cativeiro e criados com autorização oficial. Segundo o parlamentar, “o Brasil não abate qualquer animal para atender a demanda por couro ou pele. Nesse sentido, a produção de couro é, na realidade, uma indústria de reciclagem, que transforma um subproduto que seria descartado em um bem econômico”.’ – texto da matéria “Comissão proíbe uso de pele de animal em eventos de moda”, publicada em 25 de abril de 2012 pela Agência Câmara de Notícias

A polêmica envolvendo o substitutivo do deputado Renato Molling está aberta, afinal o espírito da iniciativa do deputado Welinton Prado é exatamente outro e está claro na justificativa do projeto:

“Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele.”

O projeto de Lei segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para depois ser votada em plenário.

O próximo passo é acabar com o comércio desses produtos e não impedir apenas o uso em eventos de moda.

- Conheça o Projeto de Lei 684/11
- Leia a matéria completa da Agência Câmara de Notícias
Releia os posts do Fauna News sobre o assunto:
- “Na contramão da evolução, estilistas investem em peles”, publicado em 20 de abril de 2011
- “Começar a a semana pensando…”, publicado em 6 de fevereiro de 2012


Fonte:
blogs.jovempan.uol.com.br/petrede
Link:

Fofura! Cadela guarda bicicleta para o dono

Pet não largou da bicicleta e ainda pegou uma carona; assista ao vídeo

Os cachorros da raça Golden Retriever são muito inteligentes!
Thinkstock

Imagine que você precisa ir ao mercado. Você pega sua bicicleta e aproveita para levar o cachorro pra passear. No entanto, ao chegar no estabelecimento, não é permitida a entrada de animais. E ainda por cima você esqueceu a trava de segurança da sua bike.

E agora? Não dá pra levar a bicicleta, senão como você vai carregar as compras? Problemas. Claro que não!

Ao menos não para Luo Wencong, que é dono de uma Golden Retriever chamada Lili. Inteligente, ela esperou o dono na calçada e ficou segurando a bicicleta o tempo todo. Assim que ele voltou, a cadela ainda pegou uma carona na parte de trás da bicicleta.

Obviamente, Lili chamou a maior atenção na rua. Todos que passavam ficaram encantados com a fofura e inteligência dela. A Golden Retriever virou atração em Nanning, uma cidade da China.

Assista ao vídeo abaixo e veja Lili cuidando da bicicleta do dono:

Americana é processada por morder seu cachorro

Uma americana de 19 anos que mordeu seu buldogue durante uma briga com a mãe foi processada por crueldade contra os animais, anunciou a polícia.

Os vizinhos chamaram a polícia depois de ouvir gritos e barulho de briga em uma casa de Lake in the Hills, Illinois.

Segundo a polícia, Analise Garner, bêbada, bateu, aranhou e mordeu a mão de sua mãe. O buldogue da família também tinha marcas de mordidas visíveis em sua pata.

"O cachorro acabou mordendo Analise nas costas em letítima defesa", explicou o sargento Mike Smith.

"Não haverá acusação contra o cachorro", acrescentou.

Garner, depois de hospitalizada para tratar das mordidas do cachorro, foi indiciada por embriaguez e teve que pagar uma fiança de 3.000 dólares.


Fonte:
noticias.uol.com.br/ultimas-noticias
Link:

'São cruéis comigo e com os gatos', diz dona de 50 bichos; assista

A Rai sem os gatos não é a Rai, não existiria. Se chego aqui e eles não estão pela casa, morro, sei lá, dá uma coisa ruim só de pensar. Faz 14 anos que cuido de gato. Cheguei a ter cem, mas essa era uma outra época, tempos de uma Rai que mais gostava do que entendia, sabe?

Eu não sabia que tinha que castrar os gatos, mas, também, era tão caro e tão mais difícil naquela época.
Teve uma época que eu tinha 40 adultos e todos iam entrando no cio seguidamente. Cheguei a ter 52 filhotes de uma vez. Era triste, muito filhote ao mesmo tempo, não tinha espaço, não tinha como, muitos morriam.


Eu era mais egoísta naquele tempo, não queria que eles fossem embora, pensava 'onde come um, come dez'. Pensava que comida não ia faltar, pelo menos teriam um teto e o meu amor, minha atenção.

Hoje, se você vier dizendo que quer um dos gatos e for uma pessoa boa, com melhores condições que eu de cuidar, eu dou qualquer um deles pra você. Não dou a Laila ou o Olim, que estão comigo há mais de 12 anos, mas se você quiser a Cleo, que está há quatro meses, dou pra você.

O problema é que quando você já tem um tempo nisso de criar gato você fica com dificuldade para acreditar no que as pessoas dizem. Falam uma coisa e depois fazem outra. Não é como gato. Gato você sabe que pode te morder, arranhar, mas você conhece.
Maria Raimunda dos Santos, 36, em sua casa, em Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo
Gabo Morales/Folhapress

Depois que eu fui conhecer o Sérgio, um veterinário que é meu anjo da guarda. Na época eu não tinha nenhuma castrada. Ele castrou mais de 26 gatas minhas.
Até hoje quando tem castração em aula, que eu não sei bem o que é, como funciona, mas é uma coisa que eles fazem na faculdade, eles me ligam e eu sempre levo.

Não sei bem quantos gatos eu tenho, pra falar a verdade, mas acho que são 33 adultos, sete filhotes e mais cinco filhotes que chegaram hoje. Tenho também três cachorros em casa e mais uns sete ou oito que cuido na rua. Às vezes passo dois meses sem nenhum gato novo, mas é raro porque vejo na rua e dá pena de não pegar e também porque as pessoas jogam muito gato aqui. Empurram a ripa de madeira da janela e jogam. Nos últimos três meses jogaram mais de 40 gatos aqui. Daí vou cuidando, doando também, quando dá.

Queria que as pessoas parassem de jogar gato aqui dentro, mas elas nunca param. Queria não me importar.

Eu brinco que eu banco os gatos e a minha mãe me banca nessa questão de comida. Primeiro, porque não dá para cozinhar aqui. No máximo tomo um café, como um miojo, mas comida mesmo não dá porque eles avançam em cima. Não dá para sentar na cama ou no chão e comer de verdade. Aqui eu só cozinho a comida dos cachorros porque eles não gostam de ração, então, eu cozinho fígado e misturo na ração deles.

Outra coisa é que não sobra dinheiro. Ganho R$ 770, fica uns R$ 630 com os descontos, mas gasto mais que isso em ração, então, vou negociando com o rapaz da casa de ração e sempre pago um pedaço no mês seguinte.

Às vezes chego aqui, olho para eles, para a casa e penso que trabalhei o mês inteiro e mal tenho dinheiro para comprar ração. A última vez que fui ao cinema, assim, eu pagando, foi em novembro, para ver "Amanhecer" porque gosto muito da série "Crepúsculo".

Nunca sobra dinheiro. Queria poder dar uma vida decente para eles, sabe. Queria que não ficassem doentes por causa da minha casa. Quando você coloca muitos em um espaço pequeno desses eles desenvolvem fungo, rinotraqueíte.

Queria muito que circulasse mais ar aqui dentro, então, peguei a marreta e quebrei a parede, coloquei grade. Improvisei uma janela e duas passagens para eles poderem entrar e sair do quintal. Queria ter condições de cimentar o quintal deles.

Na semana passada, a Laila, que está comigo há 13 anos, teve que fazer uma cirurgia. Olhei para ela no dia do raio-X e foi tão triste porque prometi uma vida legal pra ela, casa boa, ração boa e não fiz nada disso.

Eu queria chegar em casa um dia e saber que tem ração para todo mundo, sem precisar de ajuda de ninguém. Queria ser capaz de fazer isso sozinha, juro que eu tento. Já fiquei em dois empregos para ver se melhorava, vendo Avon, Natura, mas não adianta, eles sempre são mais do que eu posso manter.

Aqui tudo tem prazo de validade específico. O fogão dura sete meses, depois disso vai despedaçando pelo xixi dos gatos e porque tenho que lavar a casa muitas vezes por dia.

As pessoas são muito cruéis. Comigo e com os gatos. Já tive chefe que jogou "Bom Ar" em mim porque disse que eu fedia a gato, já tive o motorista do fretado que me disse pra eu me retirar do ônibus porque meu cheiro incomodava e daí eu não pude mais ir pro serviço de fretado.

De namorado eu nem falo. Tive três em 14 anos. O último faz cinco anos. Nossa, cinco anos. Foi a última vez que beijei na boca. Quando conheço alguém, é só eu falar que tenho muito gato que é como se criasse uma barreira, então, já falo logo, pra testar. Até hoje não conheci ninguém mais teimoso do que eu. No dia que eu conhecer, talvez eu tenha alguém, mas também não é algo que me faça falta. Sinto muito mais falta de beber um copo de Coca-Cola e dormir com meus gatos do que de beijar na boca.

Meu maior medo é que alguém venha um dia na minha casa e pense que em vez de ajudar eu estou atrapalhando eles, que tirem eles de mim.

Quando eu abri mão dos meus gatos, que eu fiquei só com 25 gatos, foi difícil. Eu sentei aqui e chorei até não ter mais nada dentro de mim. Porque foram tantas camas, tantos colchões que eu tive que jogar fora, tanto trabalho e no final não adiantou de nada. No fim eles tiveram que ir embora porque eu não tinha condição de cuidar deles.

Isso já vai dar um ano, que vieram umas ONGs e levaram os gatos mais fáceis de adotar. Depois vieram e levaram os que precisavam de ajuda médica e eu não tinha como dar. Levaram quase 70 gatos meus. Dois deles estavam comigo já ia dar mais de dez anos e eu pensei que eles iam voltar, sabe? Mas depois as moças da ONG não quiseram me dar eles de volta. Eu entendi que eles estavam num lugar melhor, com mais condições financeiras, mas dói, sabe?

Fonte:
1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude
Link:

Colecionar animais pode ser distúrbio obsessivo-compulsivo

"Pensei que já tivesse visto de tudo até ir trabalhar no Controle de Zoonoses", conta a assistente social Marília Berzins, que por cinco anos visitou casas que abrigavam dezenas de animais em condições precárias. "O pior caso foi o de uma senhora que criava 200 cães numa fábrica abandonada."
A tarefa de Berzins era visitar pessoas intimadas pela prefeitura após denúncias. Desde 2001, a lei 13.131 proíbe manter mais de dez bichos em residências de São Paulo.

Embora clara, a regra não é tão simples de ser aplicada aos chamados colecionadores: pessoas que depositam o sentido da vida na relação com bichos. "Depois que o veterinário e o agente sanitário iam embora, a tarefa de dar conta daquela vida humana era nossa."
Quando a prefeitura bate à porta, o dono dos bichos recebe prazo de um mês para se desfazer de parte dos animais. Quem comprova ter condições de criar mais de dez pode pedir licença especial e manter até 15. Após o prazo, a multa por descumprir a lei é de R$ 100 (dobra na reincidência).

"Reconhecer a casa que sofreu denúncia é fácil: costuma ser a mais maltratada, na rua mais sem saída. Vizinhos colocam apelidos na moradora, chamam de bruxa dos gatos, de cachorreira", diz Berzins.

Conhecido como "animal hoarding" ou colecionismo de animais, o hábito de acumular bichos em casa pode ser uma forma grave do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

É um distúrbio que talvez venha a ser inserido na próxima edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (a bíblia da psiquiatria) como pertencente a um grupo de transtornos colecionistas. Está em pesquisa, o que explica a dificuldade em achar especialistas no Brasil.

"Estudos recentes indicam semelhanças entre o 'hoarding' animal e o colecionismo de objetos e traçam relação com TOC"
, explica Carmem Beatriz Neufeld, pesquisadora do departamento de Psicologia da USP de Ribeirão Preto e presidente da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas.

TRABALHO EXCESSIVO

A designer Lilian Rega, 25, cria 13 animais em um sobrado no Jabaquara 
Fabio Braga/Folhapress

Para Aristides Cordioli, psiquiatra e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é difícil estabelecer a diferença entre um "animal hoarder" e alguém que apenas tem muitos animais: "Merece tratamento quando atrapalha a vida, gera reclusão e trabalho excessivo. Mas essas pessoas não reconhecem que passaram do limite. Poucas buscam ajuda antes de a situação se tornar insustentável".

Três horas diárias e R$ 450 mensais é o que a designer Lilian Rega, 27, gasta para manter três cachorros, nove gatos e uma chinchila, habitantes "vip" do sobrado que divide com o namorado e outros dois "roommates", no Jabaquara.

"Tem essa lei impedindo a gente de ter mais de dez animais, mas trato bem, tenho espaço. Quem quiser pode vir ver que é tudo limpo", diz.

O andar de cima é reservado aos gatos. O térreo e o quintal são domínio dos cachorros: "Não misturo porque gatos e cachorros têm linguagens corporais muito diferentes, podem acabar se machucando".

Pela manhã, Lilian diz gastar uma hora e meia para limpar a caixa de areia dos gatos, lavar o quintal dos cães, pentear e alimentar todos. Quando volta do trabalho, é hora de deixar a chinchila livre por minutos em um quarto "à prova de chinchilas" (sem frestas por onde o roedor possa fugir).

Só depois desse processo é que ela senta no sofá, com um ou dois gatos no colo, e conta ao namorado como foi o dia.

Para Lilian, que não se considera colecionadora, animal é sinônimo de apego, companhia, dedicação e abnegação. Por eles, ela declinou de uma oportunidade profissional no exterior: "O trabalho duraria seis meses, eu não tinha como mudar toda a estrutura dos meus bichos para outro país e voltar em tão pouco tempo".

Fonte:
1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude
Link: