segunda-feira, 14 de março de 2011

Gata sensitiva prevê ataque epilético e salva vida do dono


O jovem Nathan Cooper, 19, com sua gata, Lilly
O jovem britânico Nathan Cooper, 19, já deve sua vida ao seu animal de estimação. Foi graças à sua gata Lilly, de 14 meses, que Cooper sobreviveu a um ataque epilético.

A gata é altamente sensível e consegue sentir o momento em que seu dono vai ter um ataque, alertando os pais e colegas de Cooper, segundo o jornal britânico "Dail Mail".

“Normalmente, ela é muito tranquila, mas quando Nathan tem uma crise, ela começa a subir e descer as escadas e sua voz fica diferente", disse Tracey Cooper, mãe do adolescente, ao jornal britânico."Ela realmente tem algum tipo de sensibilidade que permite sentir as coisas antes que eles aconteçam, e isso significa que podemos impedir Nathan de se machucar, cair sobre algo ou bater nos móveis durante um ataque”, diz Tracey.

A família, que vive em Bournemouth, está com Lilly há cerca de um ano. Nesse período, a mãe de Cooper acredita que a gata já salvou a vida do filho pelo menos uma vez.
Depois de um ataque, Nathan parou de respirar. Lilly estava realmente preocupada. Então ela começou a lamber sua boca, o que de certa forma impulsionou a respiração de Nathan. Agora ela não sai do lado dele", relembra Tracey.

Médicos já disseram à família que esse tipo de sensibilidade para perceber ataques epiléticos em animais de estimação não é algo incomum.

Para alguns especialistas, a percepção aguda do sentido do olfato por gatos e os cães podem ajudar a detectar mudanças químicas pouco perceptíveis dentro do corpo humano antes de um ataque, por exemplo.

O dom de salvar vidas já rendeu a Lilly pelo menos um prêmio, no concurso “Meu animal de estimação superstar”, promovido por uma importante marca de produtos caninos.

Brucelose: previna-se deste mal

Doença transmitida sexualmente entre cães
exige prevenção e controle por ser uma zoonose.
Por Silvia E. Crusco

A brucelose é uma doença que acomete cães e tem o contato sexual como principal via de transmissão. A ocorrência de aborto e a infertilidade são os sintomas mais comuns. É causada por bactérias do gênero Brucella que podem infectar o cão, mas o principal agente é a B. canis. Os cachorros são os principais hospedeiros desta bactéria.

Além do sêmen infectado, as vias de transmissão podem ser: a ingestão ou inalação de aerossóis provenientes de material abortado (feto e placenta), secreções de abortos, urina e materiais contaminados. A porta de entrada mais importante do agente parece ser a mucosa oral, entretanto é sabido que a infecção pode ocorrer através da mucosa nasal, conjuntival (interior das pálpebras) e genital, pele lesada e por meio da placenta.

Sintomas
Nas fêmeas, os principais sintomas são: morte embrionária precoce, aborto no terço final da gestação, altas taxas de natimortalidade (fetos expelidos mortos no momento do parto). Os machos podem apresentar infertilidade, epididimite, orquite e dermatite escrotal (todas elas inflamações no aparelho reprodutor) como consequência de alterações no sêmen. Também existem relatos de sintomas de uveíte (inflamação intraocular), disco espondilite (alterações nas vértebras), meningite (inflamação nas meninges), glomerulonefrite (infecção nos rins) e dermatite pio granulomatosa (infecção da pele).

Tratamento
O diagnóstico baseia-se no histórico clínico do animal, acompanhado de sorologia (exame específico no soro sanguíneo). O procedimento que confirma a presença da Brucella, uma vez o animal sendo soropositivo (teste sorológico positivo para brucelose), é o isolamento desse agente em secreções orgânicas ou tecidos. O tratamento pode ser realizado mediante a utilização de antibióticos indicados especificamente para a doença. Sempre deve ser lembrado que a brucelose é uma zoonose, portanto pode ser transmitida para seres humanos.

Prevenção
O primeiro passo para a prevenção e controle da doença é confirmar a presença da Brucella nos animais do canil ou em seu cão ou cadela. Sempre que houver cruzamento, antes dele acontecer, os dois cães devem ser testados para brucelose. Só devem acasalar se ambos tiverem resultado do exame sorológico negativo. Isso garante que os animais não sejam infectados durante o acasalamento.

Quando um cão for identificado como positivo no teste sorológico, ele deve ser isolado e tratado até que a infecção seja eliminada. Para tal, devem ser realizados testes a cada quatro meses. A identificação e eliminação dos animais positivos é o único método eficiente de prevenção e controle em canis, pois medidas sanitárias e antibioticoterapia não evitam a transmissão para animais não infectados.

Caso você opte por tratar um animal soropositivo para brucelose, ele deve ser isolado dos demais durante o tratamento até ser soronegativo (teste sorológico negativo). Consulte seu médico veterinário para saber quais os cuidados e riscos.
Não se esqueça que a brucelose pode passar para os seres humanos.

Profa. Dra. Silvia E. Crusco é médica veterinária especialista em reprodução.(CRMV-SP 4313).
Contato: www.silviacrusco.com

Cães também podem ser terapeutas

Que o cachorro é considerado o melhor amigo do homem, muitos já estão fartos de saber. A novidade é que os animais podem ser também bons . Na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais () de Santa Cruz do Sul essa habilidade dos cães começou a ser explorada recentemente para melhorar a qualidade de vida dos alunos. O projeto Cão Terapia teve início na semana passada e já mostra resultados positivos: o carisma do labrador cor chocolate conquistou a simpatia dos alunos que, aos poucos, perdem o medo de interagir com o animal. “Essa é uma raça que permite esse tipo de trabalho, pois quando bem adestrado, o labrador é capaz de colaborar para a melhora da autoestima das crianças”, observa a coordenadora do projeto, Maísa Teichmann Kersting.
Há três anos, Maísa utiliza os cães para auxiliar na de idosos, por meio de um projeto em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Na Apae, a professora vivencia sua primeira experiência com crianças portadoras de necessidades especiais. Segundo ela, o trabalho é benéfico para os alunos na medida em que desperta o amor incondicional, sem preconceitos; estimula a projeção dos sentimentos; facilita a distinção de problemas emocionais e cognitivos; aprimora a motricidade e auxilia na integração social. “Além disso, o contato com cães pode dar sequência às atividades praticadas em sala de aula”, sugere Maísa.
Parcerias
A Cão Terapia é apenas um dos muitos projetos que prometem movimentar a Apae neste ano. Na área do ambiente uma iniciativa denominada Patrulha Ambiental envolverá os alunos, a partir do próximo mês, em atividades de reciclagem, separação de lixo, cultivo de horta e limpeza de pontos da cidade. No campo do esporte, uma parceria com o Sesi possibilitará a participação das crianças no projeto Atletas do Futuro, que tem por objetivo desenvolver a prática esportiva por meio de ações socioeducativas. Além disso, as oficinas já existentes serão ampliadas: a ecoterapia agora ocorre duas vezes por semana, e o trabalho de artesanato deve ganhar novos moldes em breve.
O presidente da Apae, Edemilson Severo, adianta que a ideia é aprimorar as oficinas para cursos pré-profissionalizantes divididos em módulos que incluiriam aulas de confecção de joias e bijuterias. “Ao final de cada etapa, o aluno ganharia um diploma, como forma de estímulo para se preparar para o mercado de trabalho”, explica.
Severo salienta, ainda, a confirmação de importantes parcerias. As despesas contábeis da instituição estão sob responsabilidade do Escritório Contábil Haas, que assumiu a prestação dos serviços pelos próximos três anos. As casas-lar, então desativadas, serão locadas pela Prefeitura para abrigar um projeto da Secretaria de Assistência Social. A campanha Matemática pela Solidariedade terá a segunda edição em maio, quando serão encartados boletos bancários nas contas de luz para doações em favor da Apae e da Copame. A mobilização acontece, novamente, em parceria com o Banrisul e a AES Sul. A distribuidora de energia também será parceira na realização do Torneio de Golf Par 3, agendado para 2 de abril no Country Clube. Já o curso de Medicina da Unisc promoveu o Trote Solidário, que terá sua última ação hoje e amanhã, com o pedágio a pé nas ruas centrais de Santa Cruz em busca de doações para a Apae. “As parcerias são fundamentais em busca do modelo de entidade autossustentável e beneficiam as próprias empresas, que cumprem com o seu papel de responsabilidade social”, avalia.
Restruturação pedagógica
Atualmente a Apae atende 360 alunos e conta com 47 profissionais no seu quadro funcional. Conforme Severo, cada aluno custa para a entidade R$ 372,14 mensais apenas para serviços de educação, sem contar o suporte para a saúde. Do Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição recebe o aporte de R$ 12 mil por mês. “Mas se fôssemos receber pelo que produzimos, seriam R$ 82.144,00”, afirma.

Na direção da Apae desde o início do ano, Clarissa Pintaúde Hohlfeldt adianta a inclusão de oito novos alunos. Porém, esse número pode chegar a 20, já que 12 estão em avaliação. “Vamos reorganizar as turmas e restruturar o plano pedagógico para ir ao encontro da inlcusão. Por isso, vamos buscar assessorias para acolher também as famílias e as pessoas com deficiência que envelhecem na instituição, para as quais ainda faltam programas de apoio”, acredita.

Conforme Clarissa, as turmas da Apae são formadas em conformidade com a legislação e de acordo com a idade cronológica dos alunos, e não com a idade mental. Sendo assim, a educação infantil engloba crianças de 4 a 6 anos. Na escolarização inicial, onde são trabalhadas a alfabetização e o letramento, são inseridos os alunos de 6 aos 15 anos. Após os 15, os estudantes ingressam na escolarização para jovens e adultos, além de serem preparados para o mercado de trabalho. Para quem tem déficit intelectual mais avançado, existem programas pedagógicos específicos.

Cegueira e velhice: doenças como catarata também atingem cães

O tempo também passa para os animais e leva, aos poucos, a energia e vitalidade dos nossos amigos de estimação.
A visão doente é, muitas vezes, o primeiro sinal de que a idade chegou. Mas o veterinário Gustavo Gonçalves sentencia. “Cegueira é . Velhice não”.

Velhice e , portanto, não são sinônimos. O animal idoso tem os olhos opacos, azulados ou acinzentados sem que isso represente déficit visual bastante significativo.

“A nuclear de cristalino é o nome técnico para a vista cansada. Acomete todos os cães acima de 6 anos.

Os animais, assim como seres humanos acima dos 40 anos, apresentam certa dificuldade em localizar objetos pequenos, mas não saem batendo a cabeça nas paredes”, explica o veterinário.

Ocorrendo na mesma estrutura ocular, é importante diferenciar a esclerose, um processo natural do
do animal, da .

A catarata, assim como outras diversas doenças oculares, leva à cegueira. E pode gerar problemas que causam, além da perda de visão, desconforto ou dor.
Diferentemente do que ocorre com humanos, onde a catarata é uma patologia mais frequente em , em cães, a catarata não tem idade, sendo mais comum em animais jovens.
A doença não tem cura clínica a base de colírios, por enquanto. Seu é, infelizmente, exclusivamente cirúrgico. Por isso, é preciso ficar atento.

Animais ganham maior proteção com nova estrutura de delegacia em Campinas

Abrigo de cães da 1ª Delegacia de Proteção Animal

A Delegacia de Defesa e Proteção aos Animais de Campinas, primeira do Estado de São Paulo, está completando um ano. De presente, ganhou novo endereço e, agora, tem infraestrutura própria com três investigadores e até um escrivão.

Indícios de falsos veterinários, envenenamentos e tráfico de animais silvestres estão entre os principais alvos das ações da delegacia.
Segundo a delegada Rosana Mortari, a conquista foi um grande passo. "No primeiro ano estivemos voltados a apenas recolher e socorrer animais vítimas de maus-tratos", disse Rosana.
Não tínhamos sede própria, estávamos junto com o 4° DP [Distrito Policial], no Taquaral, e era necessário dividir os funcionários para todas as tarefas.
"Nesse primeiro ano de funcionamento da delegacia foram socorridos e recolhidos cerca de cem animais. Chegam em média à delegacia em torno de 15 denúncias por dia. Maltratar animais é considerado crime pela Lei 9.099, que legisla sobre causas de menor complexidade, mas pode render cadeia e aplicação de multa.
Ocorrências que envolvem cães e gatos são os mais corriqueiros, mas também há denúncias de maus tratos a cavalos, pássaros e até cabras. “Choca a frieza de como algumas pessoas lidam com os animais, totalmente alheias aos sentimentos deles”, afirma a delegada, relembrando alguns casos que chamaram sua atenção.
Um deles é o da pitbull Luna, encontrada totalmente desamparada em um imóvel abandonado. Por causa da sarna, não era possível reconhecer a cor verdadeira da cachorra. Luna foi socorrida e adotada por uma clínica veterinária, onde tinha se tornado a mascote. Mas foi envenenada por um desconhecido e morreu. “Ela foi vítima duas vezes”, disse a delegada.
Há também o caso do cavalo Cabide, vítima de maus-tratos por um carroceiro. Socorrido, o animal foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses de Campinas, mas o local foi assaltado e o cavalo sumiu. Algum tempo depois, Cabide foi encontrado pela rua e novamente socorrido.

Para Flavio Lamas, presidente do Conselho de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas, a existência de um setor específico para a proteção aos animais mudou alguns conceitos. “Maltratar animal passou a ser crime de fato e um setor específico mostra o reconhecimento da importância dessa causa.”
Exemplos
Cidades como Sorocaba, Jundiaí e Ribeirão Preto também possuem um setor especializado para a proteção animal. Em Ribeirão Preto o local foi inaugurado em dezembro de 2010 e funciona junto com a Delegacia de Proteção ao Idoso. No total, são três investigadores e um escrivão.
O delegado, Norberto Bocamino, também acumula a função. No entanto, segundo ele, a estrutura tem sido suficiente para checar todas as denúncias. Ele disse que já precisou de mandado de segurança para entrar numa casa e resgatar um cachorro, pois o proprietário não deixou a polícia entrar.
Em todas as cidades, os setores contam com o apoio de ONGs, associações e veterinários voluntários para receber e abrigar os animais e também para preparar e emitir laudos.
Maria Fernanda Ribeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Campinas (SP)