quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cães apanhados na rua realmente viram sabão?


Isso é lenda urbana. Cães de rua nunca foram usados para fabricar sabão. Tudo indica que essa história nasceu numa confusão curiosa. "O que ocorria é que os primeiros caminhões do centro de controle de zoonoses que recolhiam os cachorros nas ruas - as populares ‘carrocinhas’ - eram muito parecidos com os que recolhiam carcaças de carne nos açougues. Desde então, o povo começou a associar uma coisa à outra", afirma o biólogo Hildebrando Montenegro, assistente de direção do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo. Os veículos que retiravam carcaças de bois e porcos dos açougues, esses sim, usavam a gordura animal para fazer sabão caseiro. Os totós davam uma ensaboada e escapavam desse final inglório. "Os cães de rua em geral são muito magrinhos, nem têm gordura suficiente para fazer sabão!", afirma Hildebrando Montenegro. Aliás, usar gordura de bicho pra fazer sabão é coisa do tempo em que se amarrava cachorro com lingüiça. Hoje, os sabões industrias substituíram a gordura animal pela vegetal. Apesar de não alimentar a indústria de sabão, a carrocinha continua recolhendo os cachorrosque ficam soltos pelas ruas. Eles vão para o centro de controle de zoonoses de cada prefeitura, à espera dos donos desalmados. Se ninguém aparece para resgatá-los ou adotá-los num prazo médio de uma semana, os totós são sacrificados com uma injeção letal. Só para dar uma idéia, as seis carrocinhas da prefeitura de São Paulo recolhem por ano 18 mil pulguentos. Para evitar que o seu au-au entre nessa grande fria, siga os passos do quadro Faça Você Mesmo e crie uma identificação animal para o seu querido cãozinho de estimação.

Fonte: Mundo Estranho

VOCÊ FAZ O SEU PAPEL? Atenção todos aqueles que possuem ou pretendem ter um bichinho de estimação em casa!


Você já ouviu falar em posse responsável? Conheça os dez mandamentos criados pela Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal, a ARCA BRASIL:





  1. Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados.


  2. Adote animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso.


  3. Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico.


  4. Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzido por quem possa contê-lo.


  5. Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove e exercite-o regularmente.


  6. Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.


  7. Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.


  8. Recolha e jogue os dejetos (cocô) em local apropriado.


  9. Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses ou similar, informando-se sobre a legislação do local. Também é recomendável uma identificação permanente (microchip ou tatuagem).


  10. Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contra-indicações.

A ARCA Brasil - Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal é uma entidade sem fins lucrativos reconhecida internacionalmente e criadora de projetos e ações pioneiras sobre posse responsável e controle de natalidade em cães e gatos.


Redação Meia Fina