sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Canis municipais estão lotados de cães abandonados

Em São Paulo, por exemplo, uma lei proíbe a eutanásia de cães e gatos. Pelas cidades brasileiras a cena se repete: animais sem dono vagam pelas ruas, esfomeados e doentes.

Basta passear pelas ruas para ver: eles estão por toda parte. Cachorros e gatos ficam vagando por aí e são um risco para a saúde pública.
Em São Paulo, por exemplo, uma lei proíbe a eutanásia de cães e gatos. Muitos animais abandonados acabam no canil municipal, que não tem condições físicas de abrigar os bichos por muito tempo.

Pelas cidades brasileiras a cena se repete: animais sem dono vagam pelas ruas, esfomeados e doentes.

São Paulo tem hoje 2,5 milhões de cães, segundo estimativa de um estudo da Vigilância Sanitária em parceria com a USP. É praticamente um cachorro para cada quatro habitantes.

A cidade enfrenta um dilema. O que fazer com os cães perdidos e abandonados, que vagam pelas ruas?

Um problema que já chegou ao canil da prefeitura. Antigamente, os cães que vinham para cá eram sacrificados. Mas a prática da eutanásia foi proibida por uma lei estadual, desde 2008.

Resultado: o canil do Centro de Zoonoses está lotado. Não há espaço para mais nenhum animal.
Agora, o Centro de Zoonoses só recolhe os cães que oferecem perigo, foram atropelados ou que sofreram maus tratos. Segundo os próprios veterinários da prefeitura, as condições do local não são ideais.

“As instalações físicas do centro foram construídas em um formato onde os animais ficavam no máximo por 10 dias. Agora temos que trabalhar não só a vigilância em saúde, o controle de zoonoses propriamente dito, mas também a questão do bem estar desses animais que ficam aqui, o trabalho junto à população para que eles possam ser adotados”, diz a gerente do Centro de Controle de Zoonoses Ana Cláudia Furlan Mori.

O número de cães abandonados é grande em todo o país. O abrigo municipal do Rio de Janeiro sofre com a superlotação. São pelo menos cinco mil cachorros. O local recebe de 30 a 40 animais por dia.

O de Salvador tem capacidade para 300 cães. Atualmente tem 50 a mais. A sede da Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba já abriga mais de mil cães, em um espaço construído para receber apenas 400. No Recife, onde não existe lei contra a eutanásia de animais, só no ano passado, o Centro de Vigilância Ambiental recebeu mais de cinco mil cães e gatos. Metade foi sacrificada.

Com 340 cães, o Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo recebe visitas todos os dias. Em média, 50 cachorros são adotados por mês. Os filhotes são os mais procurados.

“Eles têm porte grande e a maioria é adulto. Eu queria filhotes, para conviver, se acostumar com os meus filhos, com a gente em casa”, comenta uma paulista.
Não é fácil conseguir uma adoção. E olha que os cães têm amigos em todos os cantos. Muitas ONGs promovem feiras à procura de um dono.

“Quando se consegue um lar para um animal que passou por uma situação de maus tratos, eles são eternamente gratos”, garante o biólogo Lito Fernandes.

Os animais que ficam nas ruas podem transmitir doenças graves. A raiva, por exemplo, ainda circula pelo país em animais abandonados. Outro problema é a leishmaniose visceral. Em Araçatuba, no interior de São Paulo, a doença vem sido registrada com frequência há onze anos.

Entidades de proteção dos animais estimam que mais de 50 mil cães já foram sacrificados porque estavam contaminados.

Saiba como ajudar cães abandonados.

Se você encontrou um animal, veja se ele tem um número de registro e procure o Centro de Controle de Zoonoses ou similar de sua cidade.

Se você encontrou um cão ou gato abandonado e quer saber como ajudar, o primeiro passo é levar o animal a um veterinário para verificar seu estado de saúde. Se o animal for agressivo, chame uma instituição especialista


. Veja outras dicas:


- Tente suprir as necessidades primeiras desse animal (água e comida). Se ele for um recém-nascido, veja algumas orientações aqui.


- Se o animal não for agressivo, procure levá-lo até um veterinário para verificar o estado de sua saúde;


- Coloque cartazes, com a descrição do animal em clínicas veterinárias, pet shops e outros locais de circulação de pessoas na região onde você mora;


- Fale com os vizinhos e comerciantes do bairro, já que o dono do animal pode estar fazendo o mesmo caso ainda queira encontrá-lo;


- Verifique se alguém deixou anúncio com a descrição do bicho em algum site.


- Caso o animal esteja com plaqueta e um número de registro, procure o Centro de Controle de Zoonoses ou similar de sua cidade. Mas lembre-se: geralmente o tempo máximo de permanência do animal é de três dias. Depois disso, ele poderá ser sacrificado.


- Caso não consiga encontrar o dono do animal, tente lembrar de amigos, parentes, colegas e conhecidos que poderiam acolher o cachorro;


- Encontre um abrigo enquanto você prepara o animal para a adoção. O ideal é que seja um espaço seguro e tranquilo. Até que seja examinado e vacinado, é prudente que o animal fique separado de outros bichos;


- Leve o animal a um veterinário para ser vacinado, vermifugado e castrado;


- Divulgue a descrição do animal e encaminhe-o para adoção. Nunca abandone um animal.


Veja a melhor forma de encontrar um novo lar para seu cão:


1- Nunca abandone seu cão ou gato;


2- Antes de ser doado, o animal deve passar por um veterinário para ser vacinado, vermifugado e castrado;


3- Pense com cuidado e veja se entre seus parentes, amigos ou vizinho não há ninguém que possua condição adequada e queira adotar o animal;


4- Divulgue a adoção com cartazes em pet shops, clínicas veterinárias e demais pontos de grande circulação de pessoas;


5- Caso o animal seja de raça, você pode entrar em contato com associações idôneas de criadores da raça;


6- Murais virtuais na internet também podem ser uma boa saída. Você pode procurar por feiras ou eventos de adoção.


Saiba como adotar um animal
A ONG SOS Vida Animal, de Curitiba (PR), criou um calendário com fotos de cachorros abandonados.
No site da organização, há informações para quem está pensando em adotar um animal.


No Rio de Janeiro, a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa) recolhe animais perdidos, que são colocados para adoção.


A prefeitura de São Paulo tem um programa de adoção de cães e gatos. Clique aqui e conheça a iniciativa. A União Internacional Protetora dos Animais (Uipa) também ajuda quem quer adotar um animal.


Em Brasília, a Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal defende animais e ajuda quem quer adotar um bichinho.


Em Belo Horizonte, procure a SOS Bichos.


Para todo o Brasil, pesquise aqui sobre como adotar animais.


Fonte: G1

Xampu e spray canino 2 em 1

Produto está disponível nas fragrâncias
flor de cerejeira, ervilha de cheiro e baunilha, baunilha e melão-pepino.
Spray diário refresca o cãozinho entre uma lavagem e outra
Crédito: Divulgação.

Já imaginou o seu pet limpinho, refrescado e com um cheirinho super agradável? Pois a Nootie, uma marca de cosméticos para pets da Flórida, nos Estados Unidos, criou o Pet Shampoo & Daily Spritz, um produto revolucionário: na parte superior da garrafa está o xampu para dar banho no pet, enquanto na parte inferior, há um spray para ser usado diariamente, e que ajuda a manter o aroma fresquinho no cão entre uma lavagem e outra. O produto conta com quatro deliciosas fragrâncias: flor de cerejeira, ervilha de cheiro e baunilha, baunilha e melão-pepino. Esse super xampu-spray custa 20 dólares, cerca de 34 reais, mas infelizmente ainda não está disponível no Brasil.

Cegueira: como lidar com a perda de visão dos pets

Especialistas em oftalmologia explicam quais são os sinais da doença e como deve ser feita a adaptação para o bem-estar dos animais.



A cegueira pode surgir em decorrência da velhice
Crédito: Flickr/ CC – zumakeylimepie.


Seu cãozinho sempre foi agitado e cheio de vida, mas de uns tempos para cá parece inseguro e até mesmo mais lento. Muitas vezes, reluta para subir ou descer escadas e mal consegue pegar a bolinha na hora do lazer. O que será que está acontecendo com ele? Segundo a veterinária Christianni Padovanni de Biaggi, responsável pelo Setor de Oftalmologia do Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, esses são sinais clássicos de um quadro de cegueira, que pode ser repentina ou gradativa.

A médica explica que quando a doença ocorre aos poucos, normalmente, o animal consegue se adaptar mais facilmente, mas mesmo que ela seja repentina, não há motivo para o pânico, isso porque os cães e gatos têm alto poder de adaptação. “Dentro de seu ambiente, muitas vezes, os animais conseguem desviar de objetos uma vez que têm a capacidade de "decorar" a disposição dos móveis”, justifica a especialista.

As causas para o quadro de cegueira são diversos, podendo ser, inclusive, reversíveis, como explica Fernando de Barros Maia, responsável pelo Serviço de Oftalmologia do Hospital Veterinário PetCare. “O glaucoma, catarata, uveíte (inflamação intra-ocular), lesões de córnea, doenças da retina, olho seco, traumas e doenças sistêmicas como diabetes, hipertensão arterial e até mesmo doenças transmitidas por carrapatos podem trazer essa consequência. Algumas formas têm prevenção ou cura, outras não”.

Prevenção
Segundo os especialistas, existem algumas atitudes que podem ajudar a evitar o problema de visão nos bichinhos. Segundo a dra. Christianni, “o bom manejo alimentar e vacinal dos pets, contribui para a prevenção de algumas afecções oculares de origem inflamatória (associadas à doença do carrapato ou algumas doenças infecciosas como a Cinomose)”.



Os brinquedos devem ser mantidos nos mesmos lugares para facilitar as novas condições do pet cego
Crédito: Flickr/ CC – jeffreyw.


A médica explica, no entanto, que muitas alterações oculares são de origem hereditária ou associadas à velhice e nada pode ser feito. “A identificação precoce do problema é muito importante pois aumenta as chances de preservação da visão a médio ou longo prazo”.

Nesse sentido, o dr. Fernando salienta a importância do dono observar os sintomas da doença, que além de comportamentais, também costumam ser físicos. “O dono do animal deve ficar atento aos sinais como lacrimejamento excessivo, secreção ocular, olho vermelho, coceira, olho fechado/ piscando exageradamente, mudanças no aspecto dos olhos, desorientação/ insegurança e mudanças de comportamento”.

Adaptação
Constatado o quadro de cegueira irreversível existem alguns cuidados que o dono deve seguir para o bem-estar do bichinho. O dr. Fernando lembra que é totalmente possível que o animal tenha uma vida próxima da normalidade, contanto que “ seja mantida a disposição dos móveis da casa, bem como ração e água, sempre no mesmo lugar. Dessa forma o animal não encontra dificuldades na adaptação à cegueira”.

Já a dra. Christianni ressalta a importância de piscinas, escadas e lajes serem monitoradas para evitar que o pet sofra algum tipo de acidente, além da necessidade do acompanhamento veterinário esporádico. “Algumas afecções, como as cataratas, podem ser solucionadas cirurgicamente, porém, outras como o glaucoma ou descolamentos de retina, devem ser acompanhados frequentemente”.