quarta-feira, 30 de maio de 2012

Danilo Gentili já adotou mais de 10 pets, mas acha ridículo quem trata os bichos feito gente

Sempre polêmico, o humorista não tolera maus-tratos aos animais 
e luta pela causa

Danilo brinca com seu gato preferido 
e com o cachorrinho que ele apelidou de Professor Xavier, 
em homenagem ao mutante dos quadrinhos da série X-Men
Reprodução/Arquivo Pessoal Danilo Gentili

O humorista Danilo Gentili é um brincalhão. São poucos os assuntos que escapam das piadas afiadas do moço, mas se tem algo com que Danilo realmente se importa, são os animais.

O apresentador do talk show Agora é Tarde (Band) cuida atualmente de mais de 10 bichinhos, nem ele mesmo sabe o número exato. Com um coração enorme, que sempre tem lugar para mais um, o humorista leva para a casa qualquer animal que se encontre abandonado e precisando de cuidados.

— Todos os animais que tenho são vira-latas. Nenhum deles tem raça ou algo parecido. São todos animais que achamos na rua. Na verdade nem o nome deles eu sei. Minha mãe coloca nome em alguns. Mas a real é que pegamos na rua quando percebemos que estão abandonados ou em situação de risco e cuidamos. Nem sei a conta exata.

Danilo se orgulha de dizer que adotou todos os animais, afinal, ele é absolutamente contra o comércio de filhotes de pets. Mesmo cuidando e protegendo cães e gatos abandonados, ele não se intitula um “protetor de animais”.

— Não me considero um protetor de animais, não. Me considero alguém normal. Acho anormal quem maltrata. É muita crueldade. É quase tão cruel quanto viver de vender animais. Quem maltrata um animal para mim é uma péssima pessoa, da qual eu quero manter distância. Se o cara é covarde com um animal indefeso, imagina o que ele não faria comigo.

Com tantos resgates, Danilo já presenciou diversas histórias tristes, mas um delas o marcou para a vida toda.

— Meu gato preferido deve ser muito velho. Eu não faço ideia da idade dele. Eu só sei que quando a dona dele morreu, lá em Santo André, a filha da dona jogou o gato na rua e ele foi parar em casa. E nós gostamos um do outro. É o meu preferido! Mas tem também um cachorro, que achamos num canteiro da Avenida do Estado. Ele estava totalmente paralisado. Muito magro. Só mexia o pescoço. E em volta do seu corpo não tinha mais grama. Acho que ele se alimentou por semanas da grama que tinha em volta da sua cabeça. Ia morrer. Pegamos e cuidados. Ele recuperou os movimentos da pata da frente, mas das de trás, não. Hoje ele vive com uma cadeira de rodas.

O amor de Danilo pelo animais vem de família. Seus pais nunca negaram ajuda a um bicho necessitado e sempre se chocaram com maus-tratos aos seres indefesos.

Os mais de 10 animais não moram em São Paulo, na casa do humorista, e sim na casa dos pais dele, no ABC paulista.

— Eu nem trago animal pro meu apartamento porque seria egoísmo demais da minha parte. O espaço é pequeno e eu fico fora a maior parte do tempo, então ter um animal ali, trancafiado pra me agradar quando chego em casa, é muito cretino. Mas quando é o caso de eu encontrar algum que eu vejo que posso ajudar, levo pra casa da minha mãe que é grande, tem um ótimo quintal e onde serão bem cuidados.

Sobre a relação de Danilo com seus pets, o apresentador foi categórico: nada de tratar animal feito gente.

— Eu acho ridículo demais quem fica colocando roupa em cachorro... o cachorro deve odiar aquilo! Eu, se pudesse, só andaria pelado, e eles vem colocar roupa em cachorro? Olha, não trate seu animal como um ser humano e, pior, como a maioria trata, um ser humano retardado. Trate-o apenas como um animal, porque é isso que ele é, ok? A não ser que seu cachorro ou gato um dia se levante, comece a caminhar com duas patas e comente as notícias do dia com você, trate-o apenas como animal. Não é legal ser um humano, não envergonhe seu animal o tratando como tal.

Sempre polêmico, Danilo Gentili acredita que todos devem “pensar no animal como uma vida que sofre, sente, que não pediu para nascer e que está a todo o momento submisso e sujeito a raça dominante”. Seguindo este conselho simples, fica muito mais fácil conviver com os animais de modo civilizado, e sem exageros.

* Colaborou Ana Luísa Zainaghi, estagiária do R7

Fonte:
entretenimento.r7.com/bichos/noticias
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