quarta-feira, 28 de março de 2012

Denúncias de maus-tratos contra animais crescem 90% em 4 meses

O número de denúncias de maus-tratos contra animais cresceu cerca de 90% entre os meses de novembro de 2011 e fevereiro deste ano em São Paulo. Segundo o Disque-Denúncia, o número de denúncias feitas pelo 181 saltou de 265 para 505 nesse período.

Fevereiro foi o quarto mês consecutivo em que o serviço registrou recorde no número desse tipo de denúncia. Com isso, o crime de maus-tratos contra animais continua sendo o quarto mais denunciado. Até outubro do ano passado, esse tipo de denúncia variava entre o oitavo e o décimo crime mais relatado ao 181.

"Os casos que ganharam visibilidade no final do ano passado geraram uma tomada de consciência. Foi um momento atípico. Mudou o olhar das pessoas, que passaram a observar mais a relação do vizinho com seu animal", afirmou Marco Ciampi, presidente da Arca Brasil, ONG de proteção aos animais.

Entre os casos lembrados por Ciampi estão a agressão que levou a morte de um cão da raça Yorkshire em Formosa (GO) e os maus-tratos praticados contra o rottweiler Lobo, que foi arrastado por quarteirões e teve que ter uma pata amputada em Piracicaba (160 km de SP).
O veterinário Armando Frasson cuida de rottweiler que teve pata amputada 
após ser arrastado por um carro 
Antonio Trivelin - 08.nov.11/Futura Press

A página de denúncia mantida na internet pela ONG recebe em média de 10 mil a 15 mil visitas por mês, segundo a instituição. Nela, é informado o que fazer e quem ligar em caso de maus-tratos.

"Nos últimos quatro meses, o 181 tem registrado mais de 12 denúncias por dia de maus tratos contra animais. É uma conquista da própria sociedade, que não tolera esse crime", afirma Mário Vendrell, gerente de projetos do Instituto São Paulo Contra a Violência, entidade mantenedora do Disque-Denúncia.

O maior crescimento no número de denúncias aconteceu na região metropolitana de São Paulo. O número foi de 26 em dezembro do ano passado para 90 em fevereiro de 2012. No interior, os números variaram de 160 e 195 no mesmo período. Já na capital, a variação foi de 211 a 220.
Fonte:
1.folha.uol.com.br/cotidiano
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