segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cão pescador vira "salvador da pátria" de fregueses no interior de São Paulo

Um cachorro que vive em um pesqueiro de Presidente Venceslau (611 km de São Paulo) virou o “salvador da pátria” dos frequentadores com pouca sorte na pescaria. Para não deixar os clientes voltar para casa de mãos vazias, Thor, um labrador de 14 meses, faz ele próprio a pesca, e nunca falha.

CÃO PESCADOR VIRA HERÓI NO INTERIOR DE SÃO PAULO 




O animal aprendeu a pescar com o dono, o comerciante Manoel Rodrigues Cação Neto, 53, proprietário do pesqueiro Mané Cação, que fica a 6 quilômetros do centro de Presidente Venceslau.

A aventura começa depois que Cação Neto lança, no meio da represa, uma linha de um metro de comprimento com um anzol numa extremidade e uma garrafa de plástico na outra, que faz o papel de uma boia.

Na margem, Thor acompanha tudo e não tira os olhos da armadilha, até que a garrafa se mexa. Quando isso acontece, o labrador salta na água, nada até a armadilha, morde a boia e puxa o peixe até o barranco.

De acordo com o dono, muitos de seus fregueses pescadores acabam virando alvo de brincadeiras dos colegas, porque precisam aceitar a ajuda do cão para garantir um peixe na mesa.

“Ele tira um pacu de até 3,5 quilos da água com uma linha de apenas um metro de comprimento. O peixe resiste muito. Quem é pescador sabe como isso é difícil. Aqui os pescadores usam linhas de 10 a 15 metros de comprimento para cansar o peixe e tirá-lo da água”, afirma.

Relação conturbada
Thor tem muito apego pelo dono, mas nem sempre a relação entre eles foi boa. O comerciante chegou a recusar o cachorro, que foi presente de um cunhado.
“Eu fiquei com ele, porque meus filhos insistiram muito. Mas cheguei a me arrepender depois, porque ele fazia muita bagunça. Hoje somos bons amigos.”

A habilidade de pescador do cachorro se desenvolveu porque o animal, segundo o dono, gosta muito de nadar. De acordo com Cação Neto, o cão entra, em média, dez vezes por dia na represa para se refrescar. “Foi por causa disso que eu tive a ideia de ensiná-lo.”
Segundo Cação Neto, passam entre 800 e mil pessoas por semana no pesqueiro, que funciona de terça a domingo. Entre os fãs do cachorro pescador estão principalmente as crianças, devido à docilidade do animal.


Fonte:
noticias.uol.com.br/cotidiano
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