quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cadela amamenta três filhotes de porco no interior de SP

Filhotes foram rejeitados pela mãe em Piracicaba.
Entre os seis leitões nascidos, três morreram de fome.

Filhotes de leitão, que viviam no sítio vizinho ao da cadela vira-lata, 
foram rejeitados pela mãe após o parto
 (Foto: Reprodução/EPTV)
A cadela vira-lata Julie, de 2 anos, virou mãe adotiva de três filhotes de porco em Piracicaba, cidade localizada a 160 km da capital paulista. Os filhotes foram rejeitados pela mãe há cerca de dez dias. "A porca deu seis crias e eles estavam morrendo de fome, estavam fracos porque ela não queria amamentar. Três deles morreram e o vizinho trouxe os outros três aqui pra gente ver se conseguia dar o leite na mamadeira para eles", conta o caseiro Jorge Antônio Cortez, que cuida da cadela e vive na chácara vizinha.
Os filhotes não aceitaram a mamadeira e a solução foi tentar que a cadela os amamentasse. "Na hora que eles recusaram a mamadeira, eu falei pra trazer a Julie e tentar dar de mamar para os porquinhos. Deu tudo certo. Julie salvou a vida dos porquinhos", diz Cortez.
A cadela estava com leite porque deu cria há pouco mais de um mês. Os porquinhos já se alimentam com o leite colocado por Cortez em uma vasilha. Porém, os "filhos adotivos" de Julie não abandonaram a amamentação. "É só colocar ela deitada que eles vão direto mamar. Eles são muito carinhosos e ela os trata como se fossem seus filhotes", diz o caseiro.
A veterinária Marianna Ricciardi Curi, do Zoológico Municipal de Piracicaba, diz que esse tipo de "adoção" é incomum, sobretudo em espécies com parentesco tão distante. "Existem outros animais bem mais próximos do porco que o cachorro, como a cabra", explica.
Segundo Curi, a amamentação entre mamíferos de espécies distintas não é prejudicial. "O leite de outro mamífero ainda é melhor que leite de vaca in natura e leite de caixinha". Além dos nutrientes, a médica explica que a mamada certamente renderá outros frutos. "Esses animais vão criar um vínculo, vão se apegar e, principalmente, viver juntos".

Fonte:
g1.globo.com/sao-paulo/noticia
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