Cachorro de seis meses tem parte do rabo cortado pelo dono em Jaboticabal (SP)
Evaldo Joaquim da Silva perdeu a guarda do cãozinho. O animal foi encaminhado ao Centro de Controle de Zoonoses para receber cuidados veterinários, ser castrado e disponibilizado para adoção. A reportagem do UOL não conseguiu contato com Silva para ele se manifestar sobre o assunto.
A Polícia Militar Ambiental descobriu o caso na segunda-feira (6), por intermédio de denúncia de uma veterinária do Centro de Controle de Zoonoses, segundo o sargento Giovane Delalibera, 46. “Foi muita falta de sensibilidade”, disse.
A mutilação do rabo de cachorros, técnica conhecida como caudectomia, é proibida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, segundo Jeffrey Frederico Lui, 59, professor de veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Jaboticabal.
Segundo ele, o animalzinho poderia ter sangrado até a morte porque na cauda existem artérias e veias. Outro risco, de acordo com o veterinário, seria o de moscas oportunistas depositarem ovos no ferimento. “Os vermes iriam comer o cão vivo, aos poucos.”
Ainda de acordo com o professor da Unesp, o cãozinho deve ter sofrido muita dor com a mutilação. “No mínimo ele deveria ter sido anestesiado. Antigamente, esse procedimento era feito nos primeiros dias de vida dos cães, porque nessa fase o sistema nervoso não está desenvolvido, e a dor é quase imperceptível”, afirma.
O veterinário afirma que as caudas possuem uma função importante na vida dos cães. “Servem para expressar comportamento, abanar contra insetos e dissipar o calor, entre outras funções.”
O Centro de Controle de Zoonoses de Jaboticabal informou nesta quinta-feira (9) que o cãozinho, que ainda não tem um nome, está se recuperando bem e deve ser disponibilizado para adoção nos próximos dias.
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noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias
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