quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Vacinação gratuita de cães e gatos contra raiva deve ficar para o fim do ano

Onze Estados onde o risco de contaminação é maior terão prioridade
Por conta da demora da campanha pública, 
donos de animais têm procurado clínicas particulares para imunizar seus pets 
Crédito Imagem: Think Stock

O mês de agosto entrou na segunda quinzena sem que haja uma data marcada para a vacinação antirrábica pública.

Depois dos episódios de reações adversas de animais que tomaram a vacina no ano passado, o Ministério da Saúde decidiu mexer no cronograma deste ano, para que análises mais completas sejam feitas antes da distribuição das doses.

Por causa do trauma de 2010 e do medo de esperar demais, os donos de cães e gatos têm se antecipado e procurado hospitais veterinários ou pet shops para vacinar os bichos. O preço pode chegar a R$ 50.

Inicialmente, a previsão era de que a remessa de doses da medicação usada na vacinação gratuita chegasse aos postos públicos em setembro, mas o ministério já admite que a campanha pode ocorrer somente no fim do ano.

Em 2010, a campanha chegou a ser suspensa depois de mais de 2.000 registros de reações adversas em cães e gatos que haviam sido imunizados.

Em nota, o ministério afirma que a pasta definiu com o laboratório responsável pelo fornecimento da vacina antirrábica para cães e gatos - o Tecpar - a realização de novas análises laboratoriais desta vacina. Esses novos testes provocaram atrasos em relação ao cronograma de entrega.

O atraso não é visto com preocupação pelas autoridades de São Paulo, porque o Estado não apresenta casos de raiva humana transmitida por cães desde janeiro de 1997, e casos de transmissão de cachorro para cachorro desde 1998.

Segundo o professor-titular da faculdade de medicina veterinária da USP, Enrico Lippi Ortolani, o risco de uma epidemia da doença é o que norteia a política pública de vacinação.

- Hoje, o risco de uma epidemia de raiva é mínimo.

O Ministério da Saúde escolheu como prioritários na vacinação 11 Estados - Maranhão, Ceará, Pernambuco, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Alagoas, Sergipe e Mato Grosso do Sul - onde houve casos de raiva nos últimos três anos. São Paulo está incluído na fase seguinte, com os demais Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:
Entretenimento.r7.com/bichos/noticias
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Com 1.800 animais, ONG vira "campo de refugiados" no Rio Grande do Sul

Lucas Azevedo Especial para o UOL Notícias Em Caxias do Sul (RS)
Vista Aérea da Chácara SOAMA (Associação Amigos dos Animais)

Ao entrar na sede da Soama (Sociedade Amigos dos Animais), a primeira reação do visitante é de espanto. Milhares de olhos se voltam para o portão de acesso e um som de latidos inicia aos poucos, até tomar conta da atmosfera. É neste terreno de 1,5 hectare, afastado do centro da cidade, onde vivem cerca de 1.600 cachorros e 200 gatos abandonados nas ruas de Caxias do Sul (a 125 quilômetros de Porto Alegre), na serra gaúcha.

Não se trata de uma favela de cães, como a chácara ficou conhecida. A Soama está mais para um campo de refugiados, onde centenas de animais, antes abandonados à própria sorte, recebem atenção e esperam por um novo lar. Só em 2010, a instituição recebeu 914 cães e gatos, e conseguiu novos lares a 491 deles.

Há 13 anos a ONG (organização não-governamental) atende os bichos, antes de encaminhá-los à adoção. São todos recolhidos da rua em péssimas condições: alguns atropelados, outros espancados. Na chácara eles são medicados e, a maioria, castrados e identificados por chip.

A organização sobrevive com a dedicação de duas dezenas de voluntários mais assíduos, afirma Natasha Oselame Valenti, 34 anos, diretora de marketing da ONG, e filha de Dinamar Oselame, uma das fundadoras. Com o auxílio deles foi desenvolvida uma grife própria, que comercializa pela internet diversos produtos, como camisetas, chaveiros e chinelos, que ajudam na renda da ONG.

Da prefeitura de Caxias do Sul – que também cede o terreno para a Soama - vem uma verba mensal, que serve para o pagamento de dez funcionários, um veterinário e 14 toneladas de ração por mês. “Descobrimos que existe uma lei federal que afirma que os animais são tutelados pelo Estado. Procuramos o Ministério Público, que fez com que essa lei seja cumprida em Caxias”, conta Natasha, ao se referir ao artigo primeiro do decreto 4.645, de 1934.

Paisagem

A imagem das casinhas de madeira dispostas por toda a extensão do lugar dá um ar de aparente desordem. Mas é puro engano. Cada animal tem dois potes, um para água e outro para comida, e fica amarrado à sua casa, o que delimita o seu espaço. Eles não podem ficar soltos, já que são separados por tamanho, idade, humor e agressividade.

São poucos os ferozes, como um, sem nome, de grande porte, que Bira, um dos tratadores, advertiu: “não chega perto desse aí, não”. Jorge Maciel, o Bira, tem 49 anos e há 12 meses trabalha na Soama. Era restaurador de móveis, até que foi chamado à chácara para realizar um pequeno conserto. “Foi o destino que me trouxe aqui.”

Bira é o “empregador”, o homem que avalia se o novo servente tem condições de trabalhar no cuidado dos bichos. “Esses animais dependem da gente para comer e beber. Por isso esse tipo de trabalho tem que se fazer com alegria e amor.”

Há cerca de um ano Giovane da Silva, 20 anos, ex-ajudante em uma transportadora, passou pela aprovação de Bira. O trabalho na ONG é menos braçal, mas exige muito ânimo: “A gente trabalha até em fim de semana. Mas vale muito a pena. Quando estou de folga, sinto saudade dessa bicharada”, admite o jovem, enquanto caminha pelas centenas de cachorros, repondo os potes de água um a um.

Preconceito
“Por que o vira-lata vale menos? O cachorro adotado é eternamente grato ao seu dono”, afirma Natasha, ao condenar o preconceito da população com os animais com mistura de raças. Ela tem realizado palestras em escolas da cidade para divulgar o trabalho da organização e ensinar a importância de se tratar um animal com respeito. “É difícil fazer o adulto que pensa que bicho é um objeto mudar de idéia. Porém, as crianças são muito mais abertas.”

E é por muitos desses adultos que Natasha é questionada sobre o trabalho que faz. “Tanta criança passando fome na rua, alguns dizem. Então respondo: compaixão é por tudo e por todos.”

Para conhecer mais sobre o trabalho da Soama, acesse o site da ONG.


Fonte:
noticias.uol.com.br/cotidiano
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Polícia da Tailândia resgata milhares de cães que virariam comida em restaurantes vietnamitas

Cachorros capturados na Tailândia virariam comida no Vietnã.
Do UOL Notícias Em São Paulo

Milhares de cães foram resgatados após serem encontrados em gaiolas minúsculas, durante uma operação policial no nordeste da Tailândia, perto da fronteira com Laos.

Segundo as autoridades, os cachorros iriam até o Vietnã, onde seriam abatidos e teriam a carne comercializada com restaurantes locais.

A carne canina ainda é uma iguaria bastante apreciada na culinária do país asiático.

A polícia conseguiu interceptar quatro caminhões que, no total, transportavam 1.011 cães. No entanto, 119 animais morreram sufocados ou quando foram atirados no fundo dos veículos no momento em que os traficantes de animais fugiam da polícia.

De acordo com o capitão Prawat Pholsuwa, dois tailandeses e um vietnamita foram presos e responderão processo por tráfico e transporte ilegal de animais.

A pena máxima para os dois crimes é de apenas um ano de prisão ou multa.

Os traficantes tailandeses recolhem cachorros no interior do país e os levam ao Vietnã, onde recebem até R$ 52 por animal.


Fonte:
noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional
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Cachorros são “melhores que pai e mãe” para moradores de rua

O alcoolismo fez Riberto Roque, 43, perder tudo: emprego, família e uma vida confortável. Hoje, passa os dias no Largo do Paissandu, no Centro da capital paulista, sem ocupação, sem destino, sem perspectivas. Sem nada, mas com uma companheira parceira, amiga, fiel: a cadela Pretinha. “Ela só dorme do meu lado, encostadinha. Se eu estiver dormindo e alguém ameaçar chegar perto, já começa a latir. Meu sentimento por ela é de pai para filho. Eu a chamo de filha”, conta o morador de rua.

Crédito Imagem: Ilustração/Divulgação/ Pet Rede

Ele lembra que ganhou a cadela vira-lata há oito anos, de um carroceiro (catador de papel e papelão). “Não sei se ela tem raça. Acho que é misturada”, diz. Mas pedigree para ele é o que menos importa. “Ela é ótima, me acompanha sempre. E é criada com ração e água fresca. Nunca passa fome. O povo (moradores e comerciantes locais) ajuda. Tem gente que até leva a Pretinha para tosar e tomar banho.”

Os latidos deram o aviso: tem ladrão!
Já David da Silva, 46, lembra do dia em que sua cadela Juliana o ajudou a recuperar seu carrinho de feira, no qual carrega seus poucos pertences, como um par de sapatos e peças de roupa. No meio da noite, alguém levou tudo. “Eu estava dormindo e ela começou a latir para me acordar. Fui atrás e recuperei meu carrinho”, diz o morador de rua.

Além de Juliana, ele tem outros dois companheiros caninos: Taco e Cisco. “Eles são melhores do que pai e mãe. Estão sempre juntos de mim. São amigos de verdade”, afirma. Mas Juliana tem um lugar especial no coração de Silva. “Eu gosto de todos, mas mais da Juliana porque é a que me protege. Os outros dois são sossegados. Mas a Ju não deixa ninguém chegar perto.”

Quando perguntado sobre a raça dela, ele foi direto: “Não sei, só sei que ela é linda.” Silva dispensa até os albergues – que não aceitam os bichinhos – para ficar ao lado dos animais. “Se eu não tivesse os cachorros, até dormiria em albergue. Mas prefiro ficar com os bichos, na rua.”

Bichinho com nome e sobrenome
A cadela de Leandro, 17, tem nome e sobrenome: Luana Billy. Apesar da pouca idade, Leandro mora na rua há seis anos. Atualmente, ao lado dos pais e de uma tia, vive na Praça da Sé e conta que Luana é sua maior companheira. “Ela me segue sempre, a qualquer hora. Até quando eu entro no Metrô, ela me acompanha. Desce a escada rolante e vai atrás de mim.”

A cadela também é sua protetora. “Ele protege a gente. Quando alguém chega perto, late e ataca. Não morde, mas ataca. E só dorme comigo”, afirma. A tia do adolescente, Valdelice Sandra Teixeira, 51, há 41 anos nas ruas, diz que contou com o apoio da cachorra para recuperar seu cobertor furtado. “Roubaram meu cobertor enquanto dormia. Acordei descoberta. A Luana Billy foi atrás, me levou e me mostrou uma mulher com meu cobertor. Ela é ótima e muito inteligente”, elogia.

Só na faixa de pedestre
No final da Rua Benjamin Constant, perto da tradicional Faculdade de Direito do Largo São Francisco, um grupo de moradores de rua reúne-se todas as noites para dormir. Junto deles sempre está Billy. O nome é o mesmo de Luana, só que este é macho. E muito esperto, segundo seus muitos donos. Um deles, Joel Pinheiro, 49, afirma que o cachorro só atravessa a rua na faixa de pedestres. “Mesmo quando a gente atravessa fora da faixa, ele vai até a faixa, atravessa e corre atrás da gente. E olha para os dois lados antes de atravessar.”

Pinheiro diz que Billy tem mais de 20 donos. E cuida – muito bem – de todos. “Ele é inteligente demais, por isso é adorado por todos”, afirma. Mas Billy também apronta. “Ele não gosta de pão. Um dia, compramos três cachorros-quentes e deixamos numa sacola para comer de manhã. Na madruga, o Billye pegou pão por pão, tirou só a salsicha, comeu e deixou os pães na sacola. De manhã, quando vimos, só gritamos: ‘Billyeeeeeee…’ Ele colocou o focinho entre as patas, abaixou as orelhas e ficou quietinho”, lembra, aos risos. “Companheiro e fiel. Esse é o Billy”, resume outro dono, Marcelo Rufino Cordeiro, 37. “O Billy? Nossa! O Billy é tudo”, se empolga Paulo Alberto Pereira, 26.

Animais mais alegres e menos ansiosos
De acordo com Priscila Felberg, adestradora e consultora de comportamento de cães e gatos da empresa Cão Cidadão, o cão de pessoas de uma casa normal geralmente tem mais distúrbios do que um cachorro de morador de rua. “Isso porque se exercita pouco, anda menos e é menos sociável. Já o cachorro de rua é obrigado a enfrentar tudo isso no dia a dia. Convive com barulho de caminhão, de moto e até precisa defender seu dono”, explica.

Para a especialista, esses animais são mais alegres porque têm mais atividades físicas e até lúdicas. “Por isso, dificilmente cachorro de rua é ansioso, como acontece com os que são criados em apartamento”, completa.

No entanto, o amor de um cachorro pelo seu dono independe do espaço físico em que vive e da condição social. “O cachorro não faz distinção pelo ambiente em que vive: mansão, quitinete ou rua. Ele cria um amor incondicional e um vínculo muito forte com seu dono. O que importa é o grupo e o companheirismo”, conclui.


Fonte:
Blogs.jovempan.uol.com.br/petrede
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