quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Saiba como socorrer animais em apuros.

Veterinários ensinam dicas para diferentes casos de acidentes.

Animais acidentados não devem ser tocados por leigos.
Getty Images
É muito importante ficar ligado nos lugares em que seu pet anda enfiando o focinho. Muitas vezes, a curiosidade pode terminar mal. Animais bagunceiros engolem moedas e brinquedos e até bebem produtos de limpeza. O quintal de casa e o potinho da ração e da água não são suficientes para aqueles que gostam mesmo é de aprontar.
São muitos e bem diferentes os exemplos de acidentes. Segundo a veterinária Tamara Leite Cortez, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da cidade de São Paulo, caso um animal caia em um bueiro, é possível acionadar a instituição ou o Corpo de Bombeiros para resgatá-lo. Mas a obrigação legal de providenciar tratamento fica com o proprietário do bicho.
É importante lembrar que as pessoas não devem mexer em animais estranhos que estejam machucados, pois podem ser mordidas ou arranhadas. O CCZ realiza a remoção de animais atropelados - e também dos doentes em estado terminal - encontrados em vias públicas. Isso ocorre quando é constatado que a vítima (cão, gato, cavalo, boi, cabra, ovelha, porco, entre outros) está em sofrimento.
A entidade não realiza atendimento veterinário e não recolhe animais que estejam doentes para tratamento. Nesses casos, os responsáveis devem procurar um especialista, conforme a Lei 13.131/01.

Socorro de um comilão
Nos casos de envenenamento por produtos de limpeza, não é uma boa ideia provocar o vômito. Ao ser engolido, o produto queima a mucosa que recobre alguns órgãos do aparelho digestivo, por isso, se o bicho devolvê-lo pela boca, a queimadura será em dobro.Ainda assim, o bicho corre o risco de aspirar o produto e tornar o problema mais complicado, pois toda a química pode se alojar no pulmão. O mais aconselhável, segundo o professor Luiz Henrique Araújo Machado, do conselho de medicina veterinária da Unesp (Universidade Estadual Paulista),é correr com o bicho para o veterinário.
Quando a mascote engolir um corpo estranho, como uma moeda ou um brinquedo, nada de pânico. Espere para saber se ele continua bem. Caso o bicho não reclame, a opção é levá-lo ao veterinário para avaliar qual foi o objeto engolido e qual o melhor modo para tirá-lo (cirúrgico ou pelo trânsito normal do organismo).

Segundo o Machado, o grande problema é quando o objeto fica travado na traqueia.

- Vale tentar, imediatamente, apertar o tórax do animal para que o ar saia do pulmão de uma vez só. Isso ajuda a expelir qualquer objeto. Se não der certo e o animal continuar sufocando, é preciso correr para o veterinário.

Susto maior
Situação ainda mais grave é quando o pet tem uma convulsão. Durante a crise, o animal não reconhecerá o dono nem terá consciência do que se passa. Em geral, esses episódios têm curta duração. A melhor coisa a fazer, ensina o professor, é esperar.
- Se o momento se prolongar demais, é preciso tentar se proteger da boca do animal. Nada de tentar abri-la. O bicho pode fechar a mandíbula e não abrir mais. Atenção aos bichanos
Já entre os bichanos, um problema comum são episódios asmáticos de uma hora para a outra. A indicação de Machado, mais uma vez, é manter a calma.

- Normalmente, o dono do animal não tem em casa nenhum medicamento que possa ajudar. Depois que a crise do gato passar, é preciso marcar uma consulta com um veterinário.
Colaborou Cecília Leite, estagiária do R7.

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